Lago Ishing

O Lago Ishing é o mais próximo da Cidade do Terror, ele costuma estar repleto de Nevoeiro em todos os horários.

♦ A relatos que algumas pessoas desapareceram neste lago, e nunca foi encontrado vestígios.

Após uma longa caminhada Van Helsing chegava ao Lago Ishing, lá era um lugar bastante misterioso e pouco frequentado por caçadores. Ele olhava para o ambiente enquanto sussurrava - Poucas pessoas passam por aqui, quem sabe isso tenha algum significado... - Van Helsing continuava caminhando pelo lugar tentando encontrar qualquer coisa suspeita ou algum sinal de vida. Passavam-se quase uma hora de caminhada e nada era encontrado, mas mesmo assim ele continuava a rondar o local.

Após caminhar por algum tempo pelo lago Ishing Van Helsing ouvi um pequeno uma voz, doce e bem feminina que vinha da direção do lago, mas a névoa que cobria o local impedia a visão parcial do caçador. A cada passo que ele dava sentia-se compelido a olhar quem cantava em tons agudos uma canção que nem ele entendia, mas gostava muito.

Canto:
- Féach an bhfuil tú ag éisteacht leis na focail agam ordú duit teacht chun bualadh liom ...
Teacht ar mo chumhacht agus a chur ar mo daor go deo.

Mesmo sem entender as palavras ele olhova para o local, talvez por curiosidade ou algo que tentava forçá-lo a ir na direção do rio. Em questão de segundos ouvindo a canção a névoa logo foi se dissipando, pelo menos a que estava entre ele e a linda mulher que banhava-se semi nua na baira do lago.

Apesar de sua desconfiança tipica de um caçador, ele tinha prosseguido por dentro do lago, até Van Helsing avistar aquela linda mulher que se banhava sozinha naquele lago sombrio, apesar de ser bela a morte de sua esposa ainda o assombrava, o que fazia ele tentar não prestar atenção nas curvas da mulher e tentar entender ocorrendo. Na tentativa de alertar a garota ele falava - Senhorita este lago não é seguro, acho que seria melhor se você sai-se dai e fosse para sua casa.

Ao observar que o experiente caçador estava naquele local a bela moça da um mergulho nas águas quase escuras do lago para cobrir seu corpo nas águas. – Quem é você? Indagando Van Helsing. Neste momento ele colocava um olhar de assustada e de pura inocência, como quem não soubesse dos perigos que aguardava naquele lugar.

Ao ver a atitude da moça e sua indagação, ele respondia tentando a confortar mas se mantinha atento para caso algum presa dele aparecesse no local, mas alem disso ele ficava um pouco receoso a respeito dela pois não acreditava que alguma pessoa fosse tão ingenua ao ponto de nadar em um lago tão estranho quanto esse e com tantas historias de desaparecimentos. - Meu nome é Van Helsing, estava passando pelo lago e escutei sua cantoria e como conheço as lendas desse lago, resolvi vir lhe alertar que muitas pessoas desapareceram por aqui, por isso estou pedindo para que saia e vá para sua casa, porque o local é perigoso.

Helsing respondia e deixava a garota menos assustada. Ela estava quase que por completa dentro d’água ficando apenas a cabeça para o lado de fora enquanto que o caçador só tinha colocado os pés dentro do lago. – Me chamo Liban. Não posso sair deste lago, pois fui amaldiçoada a viver aqui. Agora ela colocava um ar de tristeza e inclinava um pouco a cabeça para baixo.

- Sei que este lugar é muito perigoso e o que um jovem tão bonito faz por aqui? Faz anos que não vejo um humano vivo por aqui. Agora que estavam olhando um para o outro o eficiente caçador já notava alguns traços diferente em Liban, ela possuía uma pele um pouco pálida, olhos escuros como aquele lago e cabelos compridos o que dava um toque mais sexy para ela.

Van Helsing parecia se deparar com uma das criaturas que caçava, mas esta se dizia inocente ou pelo menos era isso que queria passar ao caçador. De uma forma ou de outra, o bom coração de Abraham não o deixava ignorar aquilo, teria que dar um voto de confiança a jovem mas se mantendo atento para qualquer possível traição. Ele então sem responder a pergunta da jovem, ia para o assunto que o interessava, arrumar uma solução para o caso - Amaldiçoada? Conte-me sobre isso, que talvez eu possa te ajudar

O caçador não parecia querer meios termos e foi logo ao assunto que o interessava. Começou logo a interrogar Liban perguntando sobre a sua maldição. Ela olhava para aquele homem que não parecia ser qualquer um, afinal quem iria passear no Lago Ishing?! Os últimos que ela tinha visto já nem se lembrava de suas feições.

- Acho que você pode me ajudar. Dizia docemente ao aproximar-se dele. Agora já era notória uma longa calda de peixe com suas escamas de aspecto esverdeado que dava um contraste com o ambiente. – Há muitos anos atrás fui surpreendida por uma enchente de uma fonte sagrada que havia sido negligenciada. Fui carregada a uma caverna submarina junto com meu cão, enquanto o resto de sua comunidade tinha sido destruída. Fiquei presa por um ano até que ouvi vozes de uma pessoa que passava por perto, gritei tão alto que acabei chamando a atenção dele que se identificou como Patrick uma poderosa criatura que acabei fazendo um acordo, caso ele me tirasse daquele local, deixaria que fosse o primeiro homem ”a me tocar”, se é que me entende. Depois disso, ela da uma pequena pausa como quem estivesse lembrando-se de toda a história e volta a contar. – Ele usou de meios místicos e me transformou em metade peixe, metade mulher que é esta forma que esta vendo. Depois que sai da caverna não podia continuar o trato, pois ele era uma criatura horrenda de péssimo aspecto, possuía uma pele acinzentada e grandes olhos verdes parecido com um humano, mas não era, pois possuía garras afiadas no lugar das mãos e conseguia usar habilidades místicas trazidas de um colar que usava no pescoço. Como tinha visto que recuei, ele me amaldiçoou a ficar nesta forma permanentemente e a não sair do lago. Atualmente descobri que ele mora em uma caverna próxima de um pântano a uma hora de viagem daqui, muitos aventureiros tentaram me ajudar, mas nenhum retornou com vida. Não peço que me ajude, pois ficaria muito mal em saber que mais um morreu por minha culpa.

Depois de muito falatório ela apenas o observa com um olhar de esperança para que aquele jovem fosse alguém de grande poder para cancelar sua maldição.

Van Helsing ficava atento a História daquela moça, e via uma chance de salvar a alma da jovem amaldiçoada. Outros teriam falhado nessa missão, mas ele era bastante destemido e o destino era bastante favorável a ele nos momentos ruins.

Van Helsing sorria e falava para a jovem - Outros falharam, mas acho que esta na hora de você ficar livre desse lago, irei até o pântano para dar um fim a isso, tendo sucesso onde os outros não tiveram! - Por um momento ele lembrava de sua esposa e suas jornadas... Então ele começava a andar em direção ao pântano, mas não ia tão rápido podendo escultar algum ultimo comentário da moça.

Ao ver toda a imponência que aquele jovem esboçava, Liban abriu um lindo e belo sorriso. Ele se despedia da garota e já andava ao caminho do pântano das maldições e antes que ele sumisse por entre a nevoa ela deu suas últimas palavras antes de seu retorno tão esperado. - Cuidado Van Helsing, ao chegar no pântano evite fazer barulho ou ser identificado, faça com que sua presença seja invisível e assim terá mais chances de sobreviver. Espero-te para poder te agradecer pessoalmente por tamanha coragem e pureza de espírito para com o próximo. Cantarei para sua volta. Em seguida a garota já soltava seus agudos em sua linguagem incompreensível para os ouvidos mais jovens.

Canto:
- Féach an bhfuil tú ag éisteacht leis na focail agam ordú duit teacht chun bualadh liom ...
Teacht ar mo chumhacht agus a chur ar mo daor go deo.

O enigma de Vanko não saia da cabeça do experiente Mark, a névoa do qual ele falava só poderia ser a deste lugar, pois não havia outro parecido. Aos poucos Lord Darkblood andava por aquele lugar a procura de mais pistas sobre sua missão, a cada minuto que passava queria decifrar logo os segredos do enigma. “Quem passou esta informação para ele?”, questionava-se enquanto andava. “No momento tenho que me concentrar em achar esta belezura”.

"Neste lugar o ar é denso como uma nuvem, mas dela não se ah gotas, apenas água escorrendo abaixo dela." "Cercado pela água que desliza para o sul e para o norte." "Estou abaixo de algo que não tem mais vida, pois o sol não o alcança mais, o que lhe fez secar e deixar seu lindo tom verde para uma cor cinza que mostra a morte.” Este era um grande enigma, mas parte dele estava claro na mente do bruxo. – Este é o local, mas preciso saber que local é este que não tem mais vida, onde o sol não alcança mais e o tom verde virou cinza? Neste momento ele para pra pensar colocando a mão no queixo, deixando o indicador e o polegar em direção opostas.

Após refletir bastante enquanto olhava para o local, Mark abria mais sua mente até chegar a algumas hipotezes, a ultima parte do enigma parecia descrever uma arvore que antes era verde e cheia de vida e agora teria morrido pois o sol não estava chegando mais nela, por alguma razão... O bruxo olhava para a nevoa e dava um pequeno sorriso.

Duas coisas já estavam claras para ele, o local onde procurar e o que procurar, restava saber onde achar a tal árvore que se escondia diante do lago Ishing. “Cercado pela água que desliza para o sul e para o norte." - Nossa esta parte esta estranha, mas sei que falta pouco. Agora ele começava a olhar ao redor procurando alguma pista para esta charada.

O bruxo não conseguia uma boa conclusão sobre esta parte da pista, apenas tinha ideia que teria que encontrar alguma parte do lago que provavelmente se dividia em duas partes uma para o norte e outra para o sul, mas nessa nevoa toda ele demoraria dias para encontrar... A unica solução que ele via nesse momento era pegar informações com pessoas da cidade sobre alguma parte do lago com essas caracteristicas.

Nada vinha em seu raciocínio, apesar de toda a experiência e inteligência do bruxo. Ele andava contornando o lago, mas voltando para a cidade. Quem sabe o destino não sorriria para ele enquanto ele andava de volta.

Algumas horas depois Mark, já andava novamente naquele lugar, mas agora já sabia por onde ir, graças a sua capacidade de interpretação e algumas informações que ele foi capaz de conseguir. Ele seguia a margem do rio para a esquerda até a água da um desvio bem acentuado para a direita, não seguiu o desvio como avisado por seu informante, então, ele continuou no mesmo rumo até encontrar uma ponte velha de madeira, depois de atravessar a ponte e foi seguindo em frente até achar o desvio, nele ele só andou na água até a pequena ilha que finalmente encontrou depois de horas caminhando. “Que trabalheira”, pensava o Lord fazendo uma expressão de raiva.

- HuMm... Finalmente achei... Agora ele já se dirigia para a árvore a procura de sua primeira moeda diabólica. Aquele lugar realmente era esquecido do mundo, ninguém sem informações primárias poderia chegar até ali, e foi nesta situação que o informante passou a ser confiável.

Após vasculhar bastante a arvore algo de bizarro era notado na mesma, quando botou a mão em uma de suas partes ele via que tinha ferido a arvore e ela começava a sangrar é então que ele percebe o que realmente era aquilo.

A arvore nada mais era do que um monte de carne de pessoas costuradas uma das outras, dando este formato peculiar de arvore, pela aparência elas deviam estar mortas a três dias, mas isso não podia ser confirmado porque como bruxo ele sabia que era possível manter corpos nesta conservação através do misticismo. Outra coisa estranha é que só agora ele começava a sentir cheiro de carne putrefata.

-Estranho... Como estes corpos vieram parar aqui? Ou melhor, quem fez isso? Ele agora tentava olhar melhor a arvora na esperança de achar algum buraco que pudesse esconder a moeda. Ele vasculhava toda a árvore e sempre dava algumas olhadas em volta, para não ser surpreendido por alguma coisa.

Van Helsing agora voltava para o lago, para ver se tinha sido quebrada a maldição da sereia. Ele vai andando até onde tinha a encontrado da ultima vez, mas no caminho ele tinha uma pequena visão de sua esposa que o fazia parar por uns instantes relembrando do dia que ela tinha morrido. O caçador fechava os punhos de raiva por aquele dia e falava - Muitos ainda vão morrer por isso e muitas almas serão salvas também... - Ele voltava a se focar no que foi fazer ali e andava até ficar na margem a espera da mulher.